Um Homem de Mil Historias.

Ontem, 15 de maio de 2017, segunda feira.

Parece incrível que possa existir alguém que seja protagonista de tantas histórias em tão curto espaço de vida. Ninguém ignora que a vida humana é apenas um sopro se compararmos com a eternidade, porém existem pessoas que enrolam tanto e aprontam tanto que fazem da vida tempo sem fim.

Dentre tantos políticos e agentes públicos não creio que exista alguém deste perfil que possa superar o Luiz Inácio. Mais paulista do que nordestino e mais sindicalista do que trabalhador, ele sempre usufruiu o Poder e dos poderosos. Na época da Revolução, que os esquerdos e intelectuais rotulam de "anos de chumbo", o Romeu Tuma Junior no seu livro "Assassinato de Reputações" (Editora Topbooks) registra que Luiz Inácio foi um delator primoroso e por isso era suportado pelos militares, pois suas ações "opositoras" eram sempre informadas com antecedência para as devidas providências e registro de seus companheiros no DOPS.

No ambiente sindical do ABC metalúrgico ele reinou como poucos viajaram como ninguém e aproveitou a vida ociosa do período entre as greves para alargar os laços de conhecimento e amizades. Não importava quem eram estes amigos, mas, sim, que poder eles detinham: econômico ou político? Sendo a resposta positiva não importava mensurar o caráter. Homem simples e de poucas letras superou todos os obstáculos através de uma oratória populista, porém cativante, capaz de liderar a massa de incautos pelo linguajar hipnótico de pretender igualar os desiguais do patamar social. Pretensão ideológica que não passa de devaneio e motivação de sonhos revolucionários.

Elegeu-se Presidente da República pela orquestração de um novo tempo para o Brasil e mancomunado por banqueiros, empreiteiros e capitalistas do lucro fácil que, de olhos nas cifras dos ganhos futuros, caíram com parcimônia no canto fingido, não da sereia, mas de um molusco ávido para ficar milionário! Ele como presidente foi o articulador da perpetuação do PT no poder, tanto é verdade que em cada negociata lesiva ao erário ou aos interesses do país parte polpuda dos numerários foram canalizadas para robustecer os cofres do Partido governamental. Pois como é sabida eleição se ganha facilmente quando se tem dinheiro.

Ele errou feio quando indicou como sua sucessora a d. Dilma, exemplo insuperável de incompetência no trato da coisa pública, e reincidiu no erro quando permitiu a reeleição da indigitada mulher. Mesmo assim não se desapegou do Poder inebriante e continuou nos bastidores abrindo portas para os famigerados empreiteiros abocanharem negócios ilegais, com igual prática também no exterior, onde conseguiu auferir para si vantagens criminosas e alavancou o seu império familiar.

Atualmente se digladia desesperadamente em querer esconder verdades sabidas. E o mais curioso é que o Luiz Inácio para cada história que interpreta tem uma cara diferente, própria dos farsantes e embusteiros. Chorou no enterro da esposa e não se fez de rogado em cita-la, no interrogatório dias atrás, como responsável pelas aquisições de imóveis que receberam a título de propinas. Ele sem duvida é protagonista de histórias que não têm fim, começo ou meio, porque o enredo de cada uma depende exclusivamente da oportunidade de poder tirar alguma vantagem...