Insanidade
A estupidez humana eclodiu sem freio aparente para envolver o mundo numa guerra. O ditador Putin numa demonstração de autoritarismo e soberba deu ordens para violar a soberania da Ucrânia, um seu país vizinho que acenou com a possibilidade de ingressar na OTAN justamente para se precaver de invasão russa.
Estes países há muito estão em desacordo político por professarem modelos econômicos e forma de gerir o Estado de maneiras diferenciadas. O totalitarismo de um e a democracia do outro. É sabido que rebeldes separatistas que não passam de guerrilheiros sustentados pela Rússia querem tomar o governo constituído da Ucrânia para permitir a ingerência interna da política russa.
A invasão de uma superpotência em um país livre e soberano rompe com todos os tratados internacionais de boa vivência e sepulta de vez a existência da ONU uma instituição obsoleta, cara, que serve apenas como cabide de empregos e que não se presta para evitar através da diplomacia guerras e nem conflitos de menor dano.
O momento é grave porque o uso da força bélica impõe pronta reação dos países que zelam pela soberania dos países e bem estar da humanidade como um todo. O Putin começou e com certeza não arrefecerá o seu ânimo de conquistar o território inimigo prevalecendo-se de seu poderio militar e bélico como fizeram ao longo da história todos os poderosos e egocêntricos. Urge uma reação imediata por ser a única maneira de permitir que o agressor reflita sobre as consequências e possa estancar seu ímpeto.
Não existe outra maneira pois tentativas de diálogo e acreditar que as vias diplomáticas possam ser a solução, sem a demonstração de uma antecedente reação, não abalará a vontade do conquistador. Para evitar o início de uma guerra mundial Chamberlin na condição de Primeiro Ministro inglês acreditou demasiadamente num dissimulado como Hitler, que na aparência apenas fez o jogo de cena para logo acender o estopim da guerra.
Atitude própria dos déspotas e assassinos de farda que enganam o povo para praticar atrocidades. O Putin não é diferente de nenhum deles e governa seu país com mãos firmes e sob o taco das botas. A Ucrânia é um país do mundo com história e importância econômica, pátria de grandes cientistas e que detém também armamento atômico. Não é nenhum país de menor importância e o seu povo ordeiro e trabalhador tem convivido com conflitos e ameaças externas sempre com altivez e independência, condição suficiente para não aceitar capitulação sem lutar.
O Brasil não pode querer nesta hora que sua Chancelaria apenas alardeie perante as outras nações que espera uma breve solução pacífica escorando-se nas convenções da ONU.
Como país alinhado com a paz e a democracia não pode “amarelar” quando uma guerra está em andamento e precisa censurar o país agressor e impor as sanções que estão dentro de sua alçada. E mais : se agrupar com os países livres porque os reflexos resultantes da loucura bélica respingará pelo mundo todo, tornando mais difícil a vida no planeta.
Ficar como observador não parece a melhor atitude de solidariedade entre os povos. Na guerra ninguém ganha pois conta a história que todos perdem -, os omissos ou “neutros” não tem passado e são cobrados no futuro.
O dia de hoje é de luto, de preocupações, incertezas e ninguém tem o direito de cruzar os braços e ver gente morrendo numa luta fomentada por um insano…
“O momento exige prudência mas firmeza porque no primeiro momento da guerra nenhum país livre pode se omitir de censurar o agressor. A soberania de um país não pode ser violada. O mundo não é propriedade de nenhuma superpotência e nenhum dirigente pode usar do chicote para dominar seus inimigos.”
Édson Vidal Pinto