Não é fácil explicar para ninguém porque o Brasil 
não sai da letargia política em que está metido e nem encontra saída para as suas crises. Pois somos quase um continente, temos riquezas no subsolo e nossas matas são cobiçadas pelos demais países do mundo, somos um povo pacífico, trabalhador, ordeiro e vivemos derrapando nas nossas próprias mentiras.

Desvendada a trama urdida pelo governo federal para aniquilar a resistência dos patriotas que ainda duvidam da eleição ganha nas urnas pelo Luiz Ignácio, com a TV CNN mostrando os detalhes das depredações de prédios públicos em Brasília sob o comando de um general petista nas escaramuças, as desmoralizações das autoridades da República que sustentam no poder um notório ladrão perderam a pouca vergonha que lhes restavam.

Ainda bem que o humorista Costinha foi um artista de sucesso quando ninguém se importava com o que ele dizia, pois todos o ouviam, achavam graça de suas caretices e modos efeminados , pagavam para vê-lo no teatro porque tudo era levado na brincadeira.

Lembro de um único episódio que o silêncio preocupava e foi quando meu saudoso tio Alfredo Ribeiro ficou uma noite hospedado no “Hotel Zappa” da cidade da Lapa, quando no meio da noite abriu a janela do quarto e gritou : “Barulho, por favor façam barulho, pois não consigo dormir!” Tal o sossego reinante em que até diziam que “a Lapa era tão calma que dava até para ouvir o capim nascer”.

Tem dias que minha imaginação parece que está em ebulição porque entro e saio de momentos que vivi; de repente aparecem imagens de pessoas que ficaram gravadas na minha infância sem que nunca mais tivesse sabido delas, há não ser quando escrevo traído pela nostalgia.