No meio da tormenta o grande barco das ilusões parece um pequeno grão de areia sofrendo com a força das ondas varrida pela fúria dos ventos. O mar nunca esteve tão agitado como ontem e os perturbados passageiros da embarcação estão sentindo o temor da água batendo em seus sapatos luxuosos.

A religião para os mais antigos era muito mais uma tradição familiar do que fé. As famílias seguiam um ritual costumeiro e preservavam sempre a mística presença de um Pai Divino e protetor. Para todas as religiões o sábado ou o domingo era reservado para a missa ou culto, dias consagrado ao Senhor em que as pessoas vestiam a melhor roupa para cumprir a obrigação herdada.

O masoquista deve ser o único a gostar de dor. Para um ser humano normal a dor por menor que seja é um desconforto e um atrapalha, não dá para esquecer e muito menos suportar. Dizem que dor é sinal de doença que o corpo anuncia como estímulo de proteção e pedido de socorro. Claro que existe todo o tipo de dor que vai desde um pisão no pé até doenças mais graves que merecem atendimentos mais sofisticados.

Seria bom se cada um de nós tivesse um caleidoscópio para virar e colorir a vida de acordo com a nossa vontade. Para os que não sabem ou esqueceram o caleidoscópio era um brinquedo em forma de cilindro, com uma tampa contendo um pequeno furo para olhar e na parte oposta tapada com plástico para entrar luz, tendo no seu interior divisões de espelhos com pedras de vidros multicoloridos.

Não deve ser nada fácil ter a consciência pesada para quem sempre primou pela honestidade de propósitos. Não existe nada melhor neste mundo do que a paz de espírito, quando a pessoa deita e dorme sem sobressaltos.